A doença periodontal é uma doença inflamatória, crônica, assintomática e progressiva que danifica a gengiva e os tecidos que sustentam os dentes. Doença periodontal é a causa nº1 de perda dentária depois dos 30 anos, e acredita-se que 80% da população abaixo dos 30 anos podem sofrer dessa doença com graus variáveis de severidade.
Causas da Doença Periodontal
A doença periodontal está ligada a manutenção de placa bacteriana, película viscosa e incolor que se forma quando não conseguimos manter a higiene oral adequada.
Entretanto outros fatores concomitantes podem influenciar na sua agressividade e evolução, como:
Fumo
O cigarro está relacionado com muitas doenças sérias como o câncer, doenças pulmonares, problemas cardiovasculares, assim como muitos outros problemas de saúde. Acrescentando a isso os fumantes estão sob maior risco de apresentar doença periodontal. De fato, estudos recentes demonstraram que o cigarro pode ser um dos mais importantes fatores de risco no desenvolvimento e na progressão da doença periodontal.
Genética
Pesquisas recentes comprovam que 1/6 da população pode ser geneticamente susceptível às doenças gengivais. Apesar de bons hábitos de higiene e cuidado oral, estas pessoas podem ser seis vezes mais predispostas a apresentarem doenças periodontais. Identificar estas pessoas através de controle profissional rígido, antes de apresentarem sintomas da doença, e submetê-las a um tratamento prévio pode ajudá-las a manter seus dentes por toda a vida.
Gravidez e Puberdade
Escovar bem os dentes, usar fio dental, uma dieta saudável, e exercícios físicos regulares são importantes para manter uma boa saúde. No entanto, em determinadas fases da vida de uma mulher, estes cuidados devem ser redobrados. Fases como a puberdade e menopausa, ou ainda períodos menstruais e gravidez, são períodos de intensas alterações hormonais, que podem afetar diversos tecidos em todo o corpo, inclusive as gengivas. Estas podem se tornar sensíveis e até reagir agressivamente a essa flutuação hormonal, o que aumentaria a susceptibilidade à doença periodontal. Além disso, estudos recentes sugerem que mulheres grávidas que apresentam periodontite estão sob um risco sete vezes maior de ter um parto pré-maturo, e bebês de baixo peso.
Estresse
O estresse está relacionado com muitas doenças sérias como hipertensão, câncer, assim como muitos outros problemas de saúde. Entretanto é importante saber que o estresse também é um dos mais importantes fatores de risco no desenvolvimento e na progressão da doença periodontal. Pesquisas demonstram que o estresse torna mais difícil para o organismo lutar contra infecções, inclusive as doenças periodontais.
Medicamentos
Alguns medicamentos como contraceptivos orais, antidepressivos, anticonvulsivos, e certos medicamentos para problemas cardiovasculares, podem afetar sua saúde oral. Assim como você informa ao seu médico sobre os medicamentos que faz uso, você também deve informar seu dentista, na anamnese sobre drogas em uso.
Diabetes
Diabetes é uma doença que altera os níveis do açúcar no sangue. A diabetes se desenvolve por uma deficiência na produção de insulina (hormônio que é o componente chave no processo de consumo do açúcar no sangue pelo organismo) ou uma incapacidade do organismo de utilizar esta insulina corretamente. De acordo com a Associação Americana de Diabetes, aproximadamente 16 milhões de americanos têm diabetes; entretanto, mais da metade não foi diagnosticado para esta doença. Se você é diabético, você tem um risco maior de desenvolver infecções, incluindo as doenças periodontais. Estas infecções podem diminuir a capacidade de produzir e/ou utilizar a insulina, o que pode dificultar o controle da diabetes, como também pode tornar a infecção mais severa do que em indivíduos não diabéticos.
Desnutrição e outras Doenças Sistêmicas
Como você já deve saber, uma dieta pobre em nutrientes importantes pode comprometer o sistema imune e tornar mais difícil para o corpo lutar contra infecções. Já que a doença periodontal é uma doença infecciosa, a má nutrição e doenças que interferem com o seu sistema imune podem afetar a sua saúde bucal e pode piorar a condição de suas gengivas.
Estágios da doença
GENGIVITE
É o primeiro estágio da doença periodontal é uma inflamação marginal da gengiva causada por placa bacteriana ou biofilme dental. Esse biofilme dental é constantemente calcificado pela ação da saliva e se transforma no cálculo dental ou “tártaro”. A gengiva irá apresentar uma coloração avermelhada, inflamada e constantemente irá sangrar ao escovar e passar fio dental. Esse estágio da doença é reversível e facilmente tratável.
PERIODONTITE
É o desdobramento de uma gengivite não tratada e pode estar em vários níveis de profundidade (Branda moderada e avançada).
A inflamação irá se espalhar para o tecido ósseo de suporte, perdas ósseas e bolsas periodontais começam a ocorrer e evoluir gradativamente até a perda dos dentes por falta de inserção. Sangramentos gengivais constantes, abscessos periodontais podem estar presentes e hálito fétido é muito comum.
Para um correto diagnóstico da doença periodontal o profissional avaliará alguns itens:
– Quantidade de Placa dentária presente;
– Cor e condição do tecido gengival;
– Medição das bolsas periodontais com sondas específicas;
– Avaliações ósseas pelo RX;
– Mobilidade dentária;
– Estes itens irão determinar o estágio da doença e o correto tratamento.
Estágios da doença periodontal
– Nossa equipe irá avaliar a condição periodontal dos nossos pacientes em cada visita periódica e através do acompanhamento feito nessas visitas se torna possível avaliar se está ocorrendo evolução ou não da doença.
TRATAMENTOS
RASPAGEM SUPRA GENGIVAL:
Consiste na remoção simples e profilática, por ultrassom de microrganismos em desequilíbrio da cavidade oral. Esse procedimento é feito para remover o biofilme dental, tártaro e toxinas, para que se obtenha uma resposta por parte do organismo se recuperando da agressão bacteriana.
RASPAGEM SUB GENGIVAL OU TERAPIA PERIODONTAL:
Consiste na remoção, sob anestesia, das colônias bacterianas e tártaros profundos presentes sob a gengiva, não visíveis a olho nu. O tártaro presente nestas regiões promove a formação das chamadas bolsas periodontais. O tratamento é feito em sessões que variam conforme a severidade de cada caso.
Essas bolsas depois de tratadas voltam à normalidade e consultas de manutenção são necessárias para o controle.